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Aquisição de viatura de resgate em montanha para o Corpo de Bombeiros Voluntários de Santana.
Esta operação tem por objetivo a aquisição de um veículo todo-o-terreno de resgate em montanha, equipado com maca de transporte, imprescindível à prontidão e à melhoria das condições e da qualidade do serviço prestado aos resgatados, e dos requisitos essenciais de operacionalidade, segurança, proteção e integridade dos elementos bombeiros afetos a esta tipologia de serviço. Pela sua natureza e âmbito geográfico de intervenção, e tendo em conta o crescente índice de utilização dos percursos pedestres/levadas, fruto do crescimento turístico que se tem revelado na Região Autónoma da Madeira (RAM), importa dar uma resposta operacional mais rápida, mais eficaz e eficiente às solicitações cada vez mais frequentes.
A área geográfica do Concelho de Santana, classificada como Reserva Mundial da Biosfera, pela sua especificidade orográfica e pelo denso coberto florestal de Laurissilva, tem acoplado a si inúmeros trajetos/percursos altamente recomendados ao nível da RAM.
Estima-se que existam mais de 150 km de percursos/levadas espalhados por todo o Concelho, sendo que 70 km estão classificados como Percursos Recomendados, nomeadamente: PR 1- Vereda do Areeiro, com 7 Km; PR 1.1 – Vereda da Ilha, com 8.2 Km; PR 1.2 - Vereda do Pico Ruivo, com 5.6 Km; PR 1.3 – Vereda da Encumeada, com 11.2 Km; PR 9 - Levada do Caldeirão Verde, com 13 Km; PR 10 – Levada do Furado, com 11 Km; PR 11 – Vereda dos Balcões, com 3 Km; PR 18- Levada do Rei, com 10.2 Km. Tal extensão de percursos, associada à crescente presença de turistas, que se calcula em largas centenas diariamente, potencializa a necessidade e maior frequência de intervenções de resgate.
Cabe às instituições que operam neste domínio a procura de soluções e a obtenção de ferramentas operacionais que as capacitem para a prontidão e profissionalismo do serviço prestado. Por tal, é de importância extrema a obtenção de uma viatura todo-o-terreno, que contemple em si a valência do transporte dos operacionais, dos equipamentos e acima de tudo, dos acidentados, muitas das vezes politraumatizados. A este respeito convém referenciar que os acessos das equipas de resgate em montanha aos acidentados, na maioria dos percursos, fazem-se por estradas florestais de sinuosidade imensa e em condições de manutenção pouco recomendáveis, o que impossibilita o envio de ambulância e de viaturas não preparadas para este tipo de terreno.
O registo estatístico presente nos dados divulgados pelo Serviço Regional de Proteção Civil IP-RAM, (vide: https://www.procivmadeira.pt/pt/estatisticas-semestrais.html) dos 5 últimos anos revela-nos que a equipa de montanha do Corpo de Bombeiros Voluntários de Santana são chamados a operar neste teatro de operações entre 25% e 30% do total de registos na RAM, envolvendo em cada uma dessas missões cerca de 8 bombeiros, numa média calculada de 5 horas por resgate.
Urge dignificar a prestação do serviço dos bombeiros e acomodar neste as condições de segurança e conforto exigíveis aos abnegados bombeiros que, na maioria destas missões, cumprem um serviço voluntário. Este equipamento proporcionará, incontestavelmente, melhores condições de trabalho dos nossos operacionais e uma qualidade de serviço exponencialmente melhorada, e expectavelmente ao nível dos melhores indicadores europeus e mundiais.